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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A BÍBLIA


O livro mais fascinante da humanidade que encanta por sua complexidade” (DJ Alpiste) estas palavras resumem um pouco o significado da Bíblia. Dividida em duas partes, Antigo e Novo Testamento e escrita originalmente nas línguas hebraica (Antigo Testamento) e grega (Novo Testamento) com aproximadamente 40 escritores a Bíblia passou um longo processo até chegar a nossas mãos da forma que conhecemos. Desde sua oficialização no século IV até os dias atuais a Bíblia foi o livro mais lido e ensinado no mundo sendo também o primeiro livro impresso no em 1456 por João Gutemberg. A Bíblia, também foi o livro mais combatido na historia, muitos tentaram provar que ela era uma farsa e suas histórias apenas fabulas extraídas da mente de seus escritores, mas ao fim de suas pesquisas homens como Josh Mc Down e Lee Strobel (ex-ateus) tiveram que se render a veracidade, inerrância e infabilidade das Sagradas Escrituras.

Estou plenamente convencido de que a Bíblia é o próprio Deus falando ao homem, convencido que seu conteúdo é suficiente para instruir em todos os caminhos da vida, convencido de que onde a Palavra de Deus estiver sendo ensinada existira mudanças na sociedade. Pois se os princípios e valores bíblicos regessem o mundo certamente teríamos um mundo melhor.

Espero que a Bíblia a cada dia possa ser nossa única regra de fé e pratica e que possamos amá-la e dizer como muito bem expressou o escritor da Harpa Cristã Paulo Leivas Macalão: “Bíblia gloriosa, jóia preciosa, é meu tesouro do coração”.


No amor de Cristo Jesus

Edvaldo C.S Filho


[tive o privilegio dado por meu amigo e irmão Pr. Erideval de escrever este pequeno texto que foi distribuido na comemoração do dia da Bíblia na cidade de São Mamede-PB]

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O Crescimento indiferente dos evangélicos!


“Como será o futuro do nosso país? Surge a pergunta no olhar e na alma do povo...” estas são palavras do cantor João Alexandre em sua musica “pra cima Brasil”. Sem duvida esta é a nossa pergunta também ao nos depararmos com tanta pobreza, corrupção, injustiça social, etc. O Brasil é um país lindo de um povo, apesar das inúmeras culturas diferentes, receptivo e alegre, mas que é conduzido por pessoas que não se importam com o povo, que são totalmente indiferentes aos reais problemas da sociedade, que constroem castelos com nosso dinheiro e enriquecem as nossas custas. Por mais que os governos no decorrer dos anos criem projetos políticos para melhorar a vida das pessoas, no Brasil ainda não se viu algo que pudesse impactar e fazer a diferença na nação. E porque não vimos nada que fez a diferença no Brasil?
O Brasil tem presenciado o crescimento da igreja evangélica, se nos anos 80 não chegávamos a 10 milhões, hoje estimasse quase 40 milhões de evangélicos na nação um crescimento muito significativo, pois hoje a igreja evangélica tem representantes em diversas áreas da sociedade. Não há duvidas do crescimento evangélico, os pastores usam os meios de comunicação e falam deste crescimento com muito orgulho, os evangélicos estão na política, na ciência e até nas novelas da rede globo. Mas todo este crescimento me faz repetir a pergunta que fiz acima: “porque não vimos nada fazer a diferença no Brasil?”
Parece-me que junto com o crescimento evangélico cresce também a fome, a pobreza, as injustiças sociais, os escândalos políticos, que em muitos casos evangélicos estão envolvidos, etc. Eu me pergunto até quando o crescimento evangélico no Brasil tem sido benéfico para a nação, qual a imagem que este crescimento esta trazendo a sociedade.
Quando olho para a Bíblia e para o que ela ensina sobre viver o cristianismo que Jesus viveu e ensinou não consigo enxergar o “sal da terra e luz do mundo” (Mt. 5:13-14) junto com esta igreja que tem crescido no Brasil. Jesus nos ensina a fazer a diferença sem indiferença onde quer que estejamos, Ele nos apresenta a viver uma vida contra-cultural que causa impacto na sociedade, que traz mudanças e que não esta indiferente aos problemas reais da nação. Onde Jesus passou houve mudança, as cidades onde ele pregou nunca mais foram as mesmas, as pessoas que ele alcançou tiveram mudança de vida porque Jesus não foi indiferente as pessoas que o cercavam. O cristianismo traz mudanças ele não é indiferente aos problemas da sociedade.
Me parece que a única mudança que existe com o crescimento da igreja evangélica é a mudança de religião. Agora somos evangélicos, mas continuamos indiferentes a pobreza dos outros. Somos evangélicos, mas não nos importa a corrupção política. Somos evangélicos, mas pagamos propina ao policial, fazemos “gato” de energia e água do vizinho. Somos quase 40 milhões de pessoas indiferentes a sociedade e como muito bem expressou meu amigo Jefferson somos “Crentes Homicidas”, pois em um Brasil com quase 40 milhões de evangélicos ainda existem cidades no interior nordestino e mais de 100 tribos indígenas sem a presença de nenhum.
Não quero ter “numerofobia” (medo dos números), pois é o meu desejo que a Palavra de Deus se propague e que os mais de 170 milhões de brasileiros, um povo tão sofrido conheçam aquele que pode dar refrigério as suas almas, Cristo Jesus. Mas de maneira alguma quer ter “numerolatria” (idolatria pelos números) e achar que o crescimento da igreja evangélica é uma “benção” para o Brasil. Quero ser ousado e dizer que se os milhões de evangélicos brasileiros não têm mudança de vida, não causam nenhum impacto, e são indiferentes a sociedade e aos problemas que nela existe este crescimento é inútil.
Não posso deixar de salientar o trabalho evangélico de impacto feito por uma minoria no Brasil. Conheço pessoas que realmente fazem a diferença na sociedade, igrejas que trabalham na recuperação de presidiários, drogados, etc. e quero fazer menção do projeto “Cidade Viva” organizado pela Igreja Batista do Bessa em João Pessoa-PB onde o Pastor Sergio Queiroz desenvolve este trabalho com amor e dedicação. Fico feliz e triste ao mesmo tempo pois sei que existe muito a se fazer ainda.
É preciso e urgente nos voltarmos para a Palavra de Deus, aprendermos a viver um cristianismo pratico onde as pessoas da nossa sociedade possam ver Cristo sendo refletido em nossas vidas não apenas por causa da nomenclatura de evangélicos, mas por termos uma conduta de vida que faz a diferença como diz a musica da banda de rock Oficina G3 “o amor gera atitude comece a agir deixa de falar só com palavras não se pode mudar”. É o meu desejo que possamos olhar mais para nossa nação, entender que os problemas existentes nela são nossos problemas também e fazermos a diferença seguindo o conselho do mestre Jesus quando disse: “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem o Pai de vocês, que esta nos céus” (Mt. 5:16).

No amor daquele que me chamou para fazer a diferença sem indiferença, Cristo Jesus.
Edvaldo C.S. Filho

sábado, 3 de outubro de 2009

"Não andeis ansiosos pela vossa vida" (Jesus)



Vivemos um contexto histórico muito preocupante, em que somos bombardeados a todo instante pela mídia televisiva, nos nossos rádios, em nossas ruas com seus outdoors, enfim, a todo momento desde que acordamos e vamos ao trabalho, à escola, até quando chegamos em casa e ligamos nossa televisão, somos bombardeados pelo espírito consumista das propagandas que dão a receita mágica para a felicidade, através da compra de um produto, que inculcam em nossas crianças, em nossos jovens, enfim, em todos nós, que para sermos felizes precisamos “ter”, “possuir”, “comprar”. No meio “evangélico” não é muito diferente, o conteúdo das músicas de muitos dos nossos atuais cantores, cobram, exigem, encostam Deus na parede (até fica difícil identificar quem é o senhor de quem), determinam prosperidade, músicas que tentam negociar com Deus, tentam lembrá-lo do que Ele prometeu. Vivemos uma situação que tanto nas religiões como no nosso sistema econômico, nos levam a viver uma vida ansiosa, preocupada, preocupada com o amanhã, preocupada se estar ou não na moda, se tem ou não o melhor celular, o mais atualizado, e tudo isso provoca ansiedade, medo do futuro, que passamos pela vida, sem vivê-la, passamos pela vida sem percebê-la.
Jesus nos orienta em Mateus 6.25 a não andarmos ansiosos pela nossa vida, e ele cita uma ansiedade muito comum, a ansiedade pelo alimento, quantos de nós, já não vimos nossos pais preocupados demasiadamente com a alimentação futura, angustiados, impacientes, às vezes porque não tem, outras vezes porque não pode deixar faltar (não estou dizendo que não devam se preocupar de modo que venham a viverem relaxadamente), geralmente se matam de trabalhar, matam o tempo com a família, com os filhos, sempre preocupados em acumular, e deixam a vida passar sem vivê-la, sem aproveitar momentos de amor, carinho, amizade, comunhão com Deus.
Os jovens, ah os jovens! Quanta ansiedade pelo vestir, bombardeados pela nossa sociedade consumista, que valorizam as pessoas pelo que elas possuem, que dita o que você é, pelo que você tem, veste. Nós jovens, vítimas desse sistema perverso, que provoca angústias, ansiedades, depressão. O jovem porque não tem aquele tênis Nike, o Mp15, a camisa da moda, um automóvel. As jovens, vítimas de uma ditadura da beleza, roupas, sapatos, brincos, colares, maquiagem, chapinhas, cabelos de tal jeito, tudo que esteja de acordo com as tendências, o peso ideal, o físico ideal, as levando a um abismo perigoso, da depressão, da bulimia, do consumismo. E tudo isso depende de uma única coisa: do modo como enxergamos a vida. Se você observar Mateus 6.22, Jesus diz que são os olhos a lâmpada do corpo, e logo após ele diz: “por isso, vos digo não andeis ansiosos pela vossa vida [...]”, observe que em Mateus 6.26, Jesus nos convida a parar pra pensar, a parar pra observar, refletir, e ele diz “observai as aves do céu, não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros, contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valei vós muito mais que as aves?”. Simples pássaros, aves tão frágeis, irracionais, mas que Deus cuida, dependem dEle pra viverem. Jesus nos convida no versículo 28 do mesmo capítulo a parar e refletir sobre os lírios dos campos que são tão passageiros, mas que mesmo assim recebem a atenção, o cuidado de Deus.
Jesus nos convida a olhar para a vida de uma maneira diferente, nos convida a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas serão acrescentadas. E o que é buscar o reino de Deus e a sua justiça? Certa vez Jesus disse que o Reino de Deus estava dentro de nós, e o reino de Deus consiste na dominação de Deus em nossas vidas, o propósito de Deus sendo cumprido em nós; buscamos o reino de Deus e sua justiça, através da comunhão com Ele, da renovação de nossas mentes, transformadas pelo evangelho, que vai além da justiça dos escribas e fariseus, uma justiça interior, um modo diferente de ver a vida, mudança de visão, de pensamento, de ações.
Jesus nos diz que ao buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça, todas aquelas coisas pelo que ansiávamos, seguindo o texto: comida, bebida, vestes, nos seriam acrescentadas. Deus irá suprir nossas necessidades, mas não usemos desse versículo para cobrar uma vida materialista abundante, porque se fora isso que Jesus estivesse oferecendo, Ele estaria se contradizendo, pois nos versículos anteriores, ele recomendava aos seus discípulos a não acumularem tesouros na terra, pois onde estivesse o nosso tesouro estaria também o nosso coração, Jesus nos ensina a viver uma vida de simplicidade, se acumulássemos tesouros, ficaríamos preocupados com nosso tesouro, daríamos toda a nossa atenção a ele e mais uma vez deixaríamos a vida passar por nós, deixaríamos as coisas importantes de lado.
Aprendemos com Jesus que tanto uma vida de abundancia com de escassez, pode desviar nossa atenção do que realmente importa: o reino de Deus e sua justiça. O reinado de Deus em nossa vida, dever ser de tal maneira, que o Senhor possa dirigir nossos pensamentos e atitudes, que os princípios da palavra de Deus possam guiar as nossas atitudes, que a ansiedade que perturba nossas vidas, possa dá lugar a confiança em Deus, a dependência a Deus. Quando Jesus nos convida a olhar as aves e os lírios, e nos confronta com a pergunta, não valeis vós muito mais do que elas? Ele está nos ensinando a confiar, a depender.
O apóstolo Paulo na carta que escreve a igreja de Filipos, quando estava preso, exorta os filipenses a não andarem ansiosos por coisa alguma, e os recomenda que orem que coloquem diante de Deus suas petições, que a ansiedade dará lugar a paz que excede todo entendimento, guardando suas mentes e corações, nos versículos posteriores observamos que Paulo sabia do que estava falando, pois havia passado por situações que com certeza traria ansiedade a qualquer coração.
Por isso, aprendamos com a palavra de Deus, não podemos confiar em nossa própria força e capacidade, mas dependamos de Deus. Que as ansiedades que nos rodeiam, que provocam medos, frustações, sentimento de incapacidade, possam ser bloqueadas pela confiança no cuidado de Deus. Andamos ansiosos pela roupa que vestiremos no domingo a noite? No culto festivo? Muitas vezes chegamos a dizer que não iremos se não tivermos roupas novas, será que estamos esquecendo do que realmente importa? Vejamos a vida com outros olhos, não segundo o padrão desse mundo, mas que possamos ser transformados pela renovação da nossa mente. Olhemos para a vida pelas lentes dos princípios bíblicos.
Ansiosos pelo vestibular, pelo emprego, por uma namorada, namorado, pelo casamento, pela comida, pelas veste? Um conselho: quando estiver assim ansioso, aflito, preocupado com todas essas coisas, em vez de ficar parado pensando, conversando e fazendo amizade com a ansiedade, pare sim, mas para orar, colocar diante de Deus, através da oração, da comunhão com Ele, dê lugar à confiança. Porque “quanto mais confiança depositamos em Deus, tanto menos vulneráveis seremos as ansiedades da vida” (QUEIROZ,2006, p.179).
No amor de Cristo Jesus.
Elaine Rocha


[Texto escrito por Elaine Rocha estudante de Serviço Social da UEPB]

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Em Busca da Felicidade??




Um dos maiores sucessos do cinema atual foi o filme, protagonizado pelo ator Will Smith, A Busca da Felicidade. O filme conta a historia de Chris Gardner, um homem simples que foi deixado pela mulher após passar inúmeras dificuldades financeiras, daí então ele trava uma luta para poder da uma vida melhor ao seu filho Christopher. Em meio a uma profunda crise Chris Gardner se questiona, ao ver pessoas esbanjando felicidade por desfrutarem de seus bens, ele pergunta se a felicidade seria uma busca interminável na vida e se um dia alguém poderia acha-la. O filme termina (me desculpe se você não assistiu ainda) mostrando que Chris Gardner conseguiu a felicidade que tanto buscava.
Por mais que o filme “A Busca da Felicidade” tenha lições valiosas sobre perseverança e luta pelos objetivos, nem sempre as coisas acontecem da forma apresentada pelo filme, e os valores e ensinos bíblicos são ensinados de forma diferente.
A chamada “teologia” da prosperidade vem acompanhando o crescimento evangélico no Brasil e ensinando que pobrezas, doenças e misérias de uma forma geral é fruto da falta de fé em Deus, segundo esta “teologia” o propósito de Deus é que todos sejam ricos e desfrutem de bens materiais. A Igreja Universal do Reino de Deus, uma das maiores propagadoras deste conceito, ao fazer suas propagandas e apelos ao povo apresenta imagens de carros importado, mansões, iates, etc.
Certamente este tipo de ensino é muito agradável as pessoas. Assim como no filme existem milhares de pessoas buscando ter uma vida financeira melhor, pessoas desempregadas, endividadas e com muitos problemas na família. Sem duvida este “evangelho” de prosperidade faz as pessoas pensarem, e apenas pensarem, que poderão ser felizes. É agradável as pessoas mas não a Deus.
Se refletirmos sobre os valores bíblicos iremos encontrar um ensino totalmente diferente sobre felicidade. A felicidade à luz da Bíblia não esta baseada em uma constante busca por uma vida financeira melhor. No tempo de Jesus existiam pessoas tão pobres quanto hoje, a busca daquelas pessoas por uma vida melhor era tão real como nos nossos dias.
O ensino de Jesus sobre felicidade vai de encontro ao que se busca e ensina hoje. No Sermão do Monte (Mt. 5-7) Jesus inicia falando sobre felicidade mas Ele vai ainda mais além ao usar o termo “bem-aventurado” que significa “mais que feliz” ou “como é feliz”. Das nove bem aventuranças que Jesus expões nenhuma fala sobre bens materiais, em nenhum momento Ele falou que seriam mais que felizes os que tivessem riquezas, ou os que não passassem fome, ao contrario disso Jesus falou que seriamos mais que felizes chorando, buscando justiça e até sendo perseguidos (Mt. 5:3-11). O grande contraste da felicidade bíblica para esta felicidade capitalista ensinada pela diabólica “teologia” da prosperidade é que o discípulo de Jesus é feliz na circunstancia e não por causa dela.
Ser discípulo de Jesus é viver uma contra-cultura, pois para a sociedade alguém que chora e é perseguido não pode ser feliz, mas Jesus diz ao contrario a seus discípulos que eles seriam mais que felizes em meio a estas situações. Estou plenamente certo que as pessoas propagadoras da felicidade através de riquezas são falsos discípulos de Jesus, pois como o apostolo Paulo disse: “... os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males...” (I Tm. 6:9-10 – NVI). Estas palavras escritas por Paulo no I século parecem que detalham o sentimento hoje vivido na sociedade e, infelizmente, no meio da igreja evangélica.
Assim como no filme Chris Gardner lutou pelos seus objetivos até consegui-los espero que lutemos por nossos objetivos e sonhos sejam eles qual for, mas diferente do filme que a nossa “busca” pela felicidade não seja para encontrar riquezas terrenas pois mais que felizes nós somos simplesmente por sermos discípulos de Jesus.

No amor daquele que faz minha vida mais que feliz por ser Seu discípulo, Cristo Jesus.

Edvaldo C.S Filho

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Mística Religiosa Evangélica






Como é interessante a necessidade espiritual do ser humano. Na historia humana a religião sempre foi uma busca constante do homem, a idéia da existência de Deus faz parte do ser humano, que por sua vez não conhece o Deus verdadeiro e precisa personificar Deus através de objetos.
Sem duvida alguma a principal necessidade do ser humano é o vazio que só Deus preenche. Mas existe uma grande questão, a forma como as pessoas buscam e conhecem a Deus. O ser humano tenta as mais diversas formas de ritual para poder preencher suas necessidades espirituais, e o incontável numero de religiões espalhadas no mundo, com seus mantras e rituais místicos, é uma prova disso.
O crescimento evangélico no Brasil é acompanhado de uma total falta de racionalidade por uma boa parte da igreja brasileira. É lamentável que o povo seguidor de um livro tão rico em conteúdo, a Bíblia, seja tão ignorante quando se trata das questões básicas da fé.
Por mais que nós evangélicos critiquemos os conceitos, dogmas e rituais das inúmeras religiões nós mesmos temos praticas semelhantes, fazemos rituais tão místicos quanto às meditações budistas, as orações mulçumanas ou as rezas pelas almas do purgatório feitas pelos católicos.
Os evangélicos se esquecem da Bíblia e preferem aderir rituais místicos que chamam de espiritual. O que é visivelmente demonstrado no meio evangélico são verdadeiros “mantras gospel”, repetições exageradas de uma frase ou uma palavra. Quem nunca ouviu alguém pedir para se repetir varias vezes a frase: “eu sou mais que vencedor” ou “a vitória é minha”. É muito comum também vermos as exageradas campanhas que as igrejas evangélicas promovem tais como; demarcar território, dar sete voltas em torno do bem almejado, etc., estes são rituais parecidos com as praticas místicas das religiões afro-brasileiras.
Outra forma mística de ensino no meio evangélico são os votos, orações e jejuns que os fieis fazem para “Deus”. Existem igrejas que ensinam sobre vários tipos de jejuns. Conheço casos de pessoas que foram ensinadas a fazerem jejum dos sentidos, ficarem um tempo sem enxergar, ouvir, falar, etc., também existe mulheres que fazem jejum de vaidade, onde não utilizam maquiagem, não cuidam dos cabelos, etc.. Estes votos e jejuns são semelhantes aos que as mães de santo fazem no Candomblé, onde elas se abstêm das suas vaidades materiais para fazer oferendas aos seus espíritos guias.
Diversos outros assuntos da fé evangélica, tais como: batalha espiritual, cura divina, dons do Espírito, Jejum, etc. são tratados e usados na igreja evangélica com a mística religiosa pagã e não como uma verdadeira espiritualidade cristã.
Ao refletirmos sobre a espiritualidade cristã não vamos encontrar nada destas coisas. Se olharmos a vida de Jesus não iremos vê-lo ensinando nada aos discípulos destas praticas presentes no meio evangélico atual.
Enquanto as orações e ministrações dos cantores e pregadores são verdadeiros “mantras gospel” que exigem inconstantes repetições, Jesus nos ensina a não ficar repetindo a mesma coisa (Mateus 6:7). As campanhas das igrejas evangélicas, que mais servem para extorquir dinheiro do povo, não são doutrinas encontradas na Bíblia, nunca foram ensinadas por Jesus nem os apóstolos. Os votos e jejuns ensinados nesta mística religiosa evangélica são votos de tolos. Ao ensinar sobre o jejum a única recomendação dada por Jesus foi a de jejuar e não aparentar que se esta jejuando (Mateus 6:16-18), pois o jejum é voluntario não pode ser imposto a ninguém, mas diferente do que Jesus ensinou estes votos e jejuns são usados como doutrina ao povo. Dons, cura divina. Batalha espiritual são ensinados na Bíblia de forma simples e racional, não através de rituais que mais se assemelham com a mística dos rituais religiosos.
Precisamos observar bem os valores da nossa fé e entender que a vida cristã é, sim, uma vida espiritual, mas esta espiritualidade esta distante de ser esta mística religiosa ensinada em boa parte da igreja evangélica.
Enquanto nós evangélicos estamos preocupados com votos, jejuns e campanhas místicas e sem ensinamento bíblico, na sociedade brasileira aumentam os crimes, a corrupção política e infelizmente os escândalos da igreja cristã, feitos muitas vezes por pessoas que ensinam estas heresias. A nossa mística religiosa evangélica só satisfaz a nós mesmo, pois a busca incansável do homem para suprir suas necessidades espirituais continua, e o homem sem Cristo ainda esta buscando Deus através do misticismo das religiões, mas nós evangélicos nada podemos fazer, pois o nosso conteúdo é o mesmo que os das religiões, místico mas não espiritual.
Que a nossa vida cristã seja externada numa conduta diária irrepreensível, de acordo com os princípios de Cristo e que a mística religiosa dê lugar à verdadeira espiritualidade cristã.


No amor daquele que me chamou a viver uma vida espiritual, Cristo Jesus
Edvaldo C.S Filho

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ditadura Evangélica




Um dos maiores eventos da história brasileira foi o período da Ditadura Militar que existiu oficialmente entre 1964 a 1985 . Na Ditadura Militar foi proibido o livre pensamento, as pessoas que expressavam opiniões contrárias eram presas, expulsas do país ou até mortas. Neste período muitos tiveram que se calar sem fazer nenhuma oposição para não perder seus direitos. As igrejas cristãs (protestantes e católicos) calaram-se e se omitiram ao invés de lutar pelos direitos das pessoas.
Na Ditadura Militar existiram, também, muitos que lutaram pelos seus direitos, que fizeram oposição, alguns morreram, outros foram presos e exilados, mas muitos viram o resultado do seu trabalho, o fim da Ditadura.
Parece que a igreja evangélica herdou alguns princípios da Ditadura Militar. Nossos líderes regem todos os nossos passos. O livre pensamento é proibido nas igrejas evangélicas, e o povo sem direito de pensar “balança a cabeça” para tudo que ouve.
Os líderes evangélicos omitem textos da Bíblia Sagrada que ensinam sobre o sacerdócio universal de todos os crentes. Nós somos evangélicos mas temos uma alma católica, pois acreditamos que necessitamos de sacerdotes para nos achegarmos a Deus.
Não se pode pensar nem se que discordar de nossos líderes que somos tachados de rebeldes. Na igreja evangélica foi perdido o direito de pensar (se é que um dia nos foi dado), nossos líderes evangélicos se acham tão perfeitos que não conseguem ouvir uma opinião contrária. Dificilmente vemos um líder evangélico pedir perdão por algum erro que cometeu. Sei de caso de pessoas que ao discordarem do pastor foram tidas como usadas pelo diabo. A nossa mentalidade é fechada, não gostamos de pensar, preferimos que as pessoas pensem por nós.
Ao olharmos para a vida de Jesus encontramos o Senhor levando as pessoas a refletirem sobre a vida, principalmente sobre os princípios de Deus. Os fariseus, que sempre colocavam sua tradição acima de tudo, faziam com que as pessoas, no tempo de Jesus, levassem fardos que nem eles mesmos poderiam carregar.
O ensino de Jesus ia de encontro ao dos religiosos de sua época. Jesus não obrigava as pessoas a fazerem algo, Ele ensinava, ouvia as pessoas e lhes falava as verdades acerca do Reino de Deus. Jesus sim é o verdadeiro exemplo de humildade em sua liderança.
A Ditadura Militar acabou mas uma essência dela esta presente no cenário religioso das nossas igrejas evangélicas. Naquele período os “rebeldes” sofreram muitas conseqüências, hoje, na igreja evangélica, discordar de um líder é colocar a “cabeça a prêmio”. Se na Ditadura Militar muitos foram presos, exilados e até mortos, na igreja evangélica, discordar de um líder pode causar exclusão, ser tachado como “não espiritual”, “rebelde” ou até expulsão da igreja. A Ditadura Evangélica perdura no seio da igreja.
O livre pensamento precisa fazer parte de nosso meio evangélico. Discordar de um líder não quer dizer rebelar-se contra ele, mas da uma opinião que pode ser somada para o Reino de Deus, a edificação dos cristãos e a glória de Deus.
É importante que a mente de Cristo possa ser a mente da igreja e que na comunidade cristã possamos aprender uns com os outros. Faço questão de afirmar que devemos ter o respeito, que a Bíblia nos ensina a ter, pelos nossos líderes, sabendo que Deus os colocou ali para serem exemplos pra nós (Hb. 13:7). Mas que os líderes evangélicos estejam dispostos a humildemente aprenderem com as pessoas, sabendo que na igreja Deus distribuiu diversos dons para “preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado” (Ef. 4:12). A igreja evangélica está necessitando de uma liderança mais humilde.
Não estamos mais sob o jugo da Ditadura por isso devemos pensar, ouvir e expressar opiniões usando a cada dia os dons que Deus nos deu com a consciência que Jesus morreu para tirar nossos pecados, não nossa inteligência.

No amor daquele que me libertou para poder pensar, Cristo Jesus
Edvaldo C.S. Filho

sábado, 8 de agosto de 2009

A Religião Evangélica




É incontável o númeo de religiões existentes no mundo, tantos as religiões antigas quantos as religiões contemporâneas tentam suprir na vida do ser humano a necessidade de se ter um deus, ou talvez seja o ser humano por ter uma necessidade de um deus que procure ou até crie sua própria religião.
Nas religiões existem seus conceitos e dogmas que geralmente ditam o rumo que as pessoas têm que tomar, as religiões fecham a mente do ser humano os impedindo de pensar, na religião alguém dita às regras, seus padrões éticos são baseados em ensinos de homens que se intitulam líderes do povo, mas na maioria das vezes não estão preocupados com ninguém a não ser consigo mesmo.
Por mais que digam “não” nós evangélicos também fazemos parte de um sistema religioso que ganha destaque no cenário mundial. A religião “evangélica”, ou melhor a religião que os evangélicos vivem na prática faz parte de um sistema religioso não tão diferente do catolicismo, espiritismo, budismo, islamismo ou qualquer outra religião.
Os conceitos religiosos dos líderes evangélicos é que rege o pobre povo que por sua vez por tendo “temor” a Deus aceitam de bom grado balançando sua cabeça positivamente para tudo que é dito sem ao menos questionar se o que estão fazendo está de acordo com os ensinos de Cristo. E que bom seria se os ensinos de Cristo fizessem parte desta religião.
Jesus não fundou uma religião, ele não se conformou com o sistema religioso hipócrita que regia o povo judeu. Jesus confrontou o sistema religioso que oprimia e exigia atitudes do povo que os líderes não poderiam cumprir. E a resposta de Jesus a este sistema foi um estilo de vida diferente de tudo que se, viu uma vida onde tanto pobres, ricos, judeus, gentios, negros, brancos, doutores ou leigos poderiam se relacionar com Deus.
Na teoria a religião evangélica ensina tudo isso, mas a prática da maioria das igrejas evangélicas é totalmente contrária aos ensinos de Cristo. Jesus em seu sermão chamado sermão da montanha (Mt. 5-7), inicia falando que seriam mais que felizes os pobres de espírito, ou seja alguém que reconhece suas condições e vê que se achegar a Deus esta longe dos seus esforços humanos. A religião evangélica ensina totalmente ao contrário as pessoas ensinam que para ser mais que feliz é preciso exigir de Deus, decretar dá dizimo e ofertas.
Jesus ainda ensinou sobre o amor ao próximo, ele disse que não deveríamos nos irar contra o próximo (Mt. 5:22), porém vemos hoje as inúmeras denominações evangélicas fruto de “rachas” e brigas entras os “irmãos”. Conheço igrejas que se dividiram por questões da política da cidade, pois parte dos irmãos apoiavam o partido “X” e outra parte o partido “y”, sem contar os líderes evangélicos que usam os púlpitos de suas igrejas para fazerem campanhas políticas exigindo do povo que votem nos seus candidatos. Isso faz parte da religião evangélica que está longe de ser parecida com a vida de Cristo.
As igrejas evangélicas ainda buscam hoje suas identidades, os seus credos, estatutos tentam buscar uma igualdade que Jesus nunca cobrou de ninguém. Na religião evangélica algumas igrejas cobram que seus líderes usem a mesma voz ao falar, outras exigem ainda que para se tornar líder é preciso ter um padrão de acordo com seus credos e estatutos e não estão preocupados com o que Cristo exige do líder. Jesus escolheu doze apóstolos de personalidades totalmente diferentes, alguns pescadores, um cobrador de imposto, etc., pessoas com estilos de vida diferentes. Jesus conviveu com eles e o caráter deles foi mudado, mas Cristo nunca exigiu que eles falassem com a mesma voz, ou que todos para serem apóstolos tivessem que externar algum “dom” ou até mesmo se vestirem de forma diferente das pessoas. Na religião evangélica existe um padrão para se tornar líder em alguns casos não é preciso ser honesto, hospitaleiro, apto para ensinar, que governa bem sua casa e todas as outras qualidades do pastor descritas pelo grande apóstolo Paulo (I Tm. 3), basta ele ser “batizado no Espírito Santo” e falar em línguas estranhas que ele se torna apto para ser um líder desta religião, para alguns desta religião se a pessoa tiver desenvoltura ou for um bom administrador já está apto. Ao chamar os doze Jesus se preocupou em mudar o caráter deles, fazer que seus apóstolos se tornassem homens dignos do ministério Cristão, pessoas que amavam o povo que não exigiam dinheiro das pessoas, que julgavam com imparcialidades os problemas existentes na comunidade cristã. Jesus também ensinou acerca disso mostrou com sua vida que a disciplina do Senhor seria para restaurar o homem, ele fez isso com a mulher adúltera, e com o próprio Pedro ao negá-lo, Jesus restaurou estas pessoas através da disciplina. A religião evangélica faz ao contrário, existem líderes que disciplinam por tudo baseados em seu próprio conceitos e sem nenhuma preocupação de restauração. É comum hoje ao disciplinar alguém o líder afastar a pessoas de suas ocupações por um tempo que eles mesmo determinam, ou até mesmo não deixar esta pessoa participar da ceia do Senhor, ou seja, a disciplina na religião evangélica não é para restaurar a pessoa, mas para afastá-la ainda mais da comunhão com a comunidade cristã.
O relacionamento com o indivíduo parece não existir neste sistema religioso. As pessoas hoje se relacionam com os cargos eclesiásticos que ocupam. A comunidade cristã deveria ser o único lugar onde tanto o doutor quanto o gari tem a mesma importância, mas a religião evangélica faz ao contrário, as pessoas com dízimos e ofertas maiores tem privilégios especiais. Já presenciei em uma reunião religiosa evangélica os políticos da cidade tomando lugar de “honra” no local de reunião, e as pessoas “sem importância” ficando em lugares extremamente desconfortáveis. Hoje as pessoas se relacionam com o pastor, o presbítero, o diácono, o tesoureiro, etc., mas não com o indivíduo que está atrás de seus cargos. Certa vez um jovem professor de uma EBD recebeu em sua turma os filhos de um líder respeitado na sua comunidade e lhe foi pedido para tratá-los diferente, nesta mesma ocasião uma jovem estava visitando a aula naquele dia e ninguém se preocupou nem em saber qual era o seu nome.
Jesus é o grande exemplo de relacionamento com todas as classes de pessoas. O Mestre não se importava com os cargos eclesiásticos ou posições sociais que as pessoas tinham, ele tanto jantou com fariseus (Lc. 14) como andou com mendigos, publicanos, prostitutas, etc., Ele relacionava-se com o ser humano e não com as posições deles. Jesus fez totalmente contrário ao que é feito nesta religião evangélica, Ele amou as pessoas sem se importar quem era a pessoa.
Jesus também ensinou que o culto a Deus não é mais uma obrigação religiosa como faziam os fariseus na sua época, ensinou que o dízimo requerido no Antigo Testamento deveria não apenas ser uma obrigação de se dar 10% do que se ganha, mas uma oferta voluntária vinda do desejo de se contribuir para a obra de Deus. As pessoas freqüentam as igrejas para cumprir uma obrigação religiosa, acham que por darem (e quando dão) 10% do seu salários estão isentas de suas obrigações. Existem igrejas que faz até termos de compromisso para os seus membros assinarem, comprometendo-os a serem participantes do culto caso contrário serão excluídos do rol de membros, ou seja, vivem na prática uma verdadeira religiosidade.
Em muitas comunidades o nepotismo está presente, e a família dos líderes tem privilégios que os outros membros da comunidade não tem. Bem diferente de Jesus que afirmou que sua mãe e irmãos seriam aqueles que fizessem sua vontade, os líderes na religião evangélica consagram seus parentes sem se importar com o ministério e o chamado de Deus.
Enfim na religião somos impedidos de pensar, os nossos líderes é quem determinam o que devemos fazer. Eles afastam aqueles que pensam ao contrário deles. Conheço casos de pessoas que foram afastadas de suas atividades na igreja por discordarem de questões irrelevantes e que não concernem à doutrina da Bíblia.
Jesus está acima de qualquer religião ou conceito religioso. Ele não veio fundar uma religião ele veio mostrar a humanidade o caminho da salvação (Jo. 8:32) que é externado, não por conceitos criados por homens, mas por uma conduta diária de vida baseada em sua própria vida.
O meu apelo e a minha oração é que nós evangélicos não façamos do cristianismo mais uma religião, mas um estilo de vida de acordo com a vida de Cristo.


No amor daquele que me libertou da religiosidade, Cristo Jesus

Edvaldo C.S. Filho